Un relato de 341 palabras
Quero cantar, ser alegre
que a tristeza não faz bem
que eu nunca vi a tristeza
dar de comer a ninguém.
que a tristeza não faz bem
que eu nunca vi a tristeza
dar de comer a ninguém.
Cantigas tradicionais jorgenses.
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Introdução
Eu nasci em Olivença, e sou
um rapaz bem feito,
mas tenho gripe, doença que
limita-me no leito.
1
1
Macario
e gripe
Tengo
una gripe en simienza, y otra gripe que se va: una viene de Olivenza, la otra
duerme en el sofá. Tengo una gripe agachada, y otra gripe del revés: una
esconde mi mirada, la otra fala em Português. Tengo una gripe que
avanza, y otra gripe con pijama: una se esconde en mi panza, la otra se va a
Guadarrama.
E eu queria ficar na cama, mas...
2
Macario
e o notário
- ¿Adonde vas hoy Macario, que se te asoma el disfrute?
-
Voy a casa del notario para que me endose un chute.
- ¿Adonde vas hoy Macario? ¿Y esa sonrisa ladina?
-
Voy a casa del notario a por una papelina.
- ¿Adonde vas hoy Macario, con los ojos chiribitas?
-
Voy a casa del notario a echarnos unas rayitas.
- ¿Adonde vas hoy Macario, si es la hora de la cena?
-
Voy a casa del notario a que me la meta en vena.
Ultimamente eu moro na casa do
notário, que gosta muito de mim. É muito mais prático, e bem eu espero
terminar em breve com a gripe...
3
Reflexo
do notário
Tenho um amigo invisível, e uma
mulher que dá infarto, e um yunkie pouco plausível que dorme bem em meu quarto.
Tenho um amigo invisível, e um saco muito moderno, e um yunkie pouco plausível
que lhe fica bem meu terno. Tenho um amigo invisível, e um consultor
financeiro, e um yunkie pouco plausível que derrama o meu dinheiro.
... Mas ...eu o amo tanto!
4
Posfácio
Eu nasci em Olivença, e sou
um rapaz bem feito, e aínda sou uma pertença do notário, em meu proveito.
5
Lição
Que
la crisis nunca llega al que tiene buen oficio, aunque la gente borrega se
empeñe en llamarle vicio.
Entrou pelo bico do pato, saiu
pelo bico de pinto, quem quiser que conte cinco.
Narciuß
03.02.2011
Relatos por palabras